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Por Miramez, da obra Horizontes da Mente, psicografia de João Nunes Maia.
A palavra é uma melodia soberana entre as
outras. Tem a magia ativa de explicar as
demais e a primazia de enriquecer todas as qualidades do homem. Ela é
um dom, por excelência, com que Deus premiou as criaturas. O poder da
palavra atravessa as fronteiras do entendimento humano, e alcança regiões
onde vivem os anjos. Por intermédio da alocução, podemos emitir ondas
sonoras psíquicas em harmonia perfeita, de modo a conduzir leis e
mensagens como se faz pelo rádio, televisão etc. Todavia, o poder do verbo
paira acima dos aparelhos materiais, por encontrar recursos na própria
natureza, a qual lhe confere maiores possibilidades de expansão, em todos
os seus ângulos de domínio.
É certo que,
para esse mister, a alma tem de ser adestrada na ciência da comunicação espiritual, e dominar a energia que usa com
toda a dinâmica, a fim de conseguir um rendimento maior no uso da palavra.
Os sons, articulados pelos místicos, são como poemas interligados ao ritmo
da música, do micro e do macrocosmo. Quando alcança-nos essa sintonia,
propomos a nós mesmos a realização de maravilhas.
As antigas
iniciações, na Caldéia e no Egito, na Índia e na China, montavam um esquema de educação da palavra, para que o candidato
pudesse usá-la como santo e como sábio, como discípulo da verdade e como
místico. Alguns deles, ao chegarem em determinada equação na harmonia das
coisas, e perceberem a interestrutura dos corpos, conseguiam, com o poder
da palavra, desintegrar as formas mais duras da matéria, como também
reuni-las na sua área anterior.
A mente tem de
ser bem-educada, trabalhando em conexão perfeita com o verbo, pois são duas correntes de forças que se ajustam para
atingir os mesmos fins. Um orador famoso só o é pelo dom, e esse dom é
constituído por qualidades exercitadas durante muitas reencarnaçôes,
aprimoradas em vidas sucessivas, que lhe outorgaram o completo domínio da
palavra e, certamente, das massas que o ouvem.
O intelecto desenvolvido é um acessório de
grande utilidade para a harmonia da palavra,
facilitando a comunicação com os outros. Ninguém faz o orador, nem
o cantor, nem artista algum. Eles já nascem com tais e quais dons, como
herança do passado, ao qual estão ligados, pela lei do esforço e do
trabalho.
A palavra ritmada na dimensão evangélica
tem o poder de curar, de ensinar, de acordar
as almas esquecidas do valor de servir. Um exemplo: Jesus, o Mestre
dos mestres, na arte divina de usar o verbo, de usar a mente e de usar as
mãos, curou milhares de enfermos, levantando dezenas de paralíticos, e
fazendo erguerem-se muitos do leito da morte.
E esse poder,
verdadeiramente. Ele, o Cristo de Deus, transmite para todas as criaturas, na escola do Evangelho, proporcionando a
assimilação dos conceitos nele depositados, como bênçãos dos céus e força
de Deus. A evolução espiritual é uma porta que nos abre para a aquisição
divina do poder da palavra.
Já notastes o
quanto um clínico ajuda um enfermo com uma palavra de ânimo? Já percebestes o poder da palavra de um sacerdote, pastor,
ou semelhante, para as massas que escutam, atentamente, com sede de saber
e de consolo? De um professor, de um político, ou general? E, acima de
tudo, os pais de família? Eis por que ela tem de ser bem estruturada,
analisada, selecionada, para depois ser posta em uso, com a cadência da
alegria e a postura do amor.
O progresso deve muito à palavra, e a palavra
é filha do progresso.
Antes de falardes a alguém, pensai, em primeiro lugar, na tranquilidade, pois assim injetareis, na estrutura sonora, os vossos sentimentos. E quem vos ouve será envolvido pelos fluidos que projetais, acalmando-lhe os nervos, aliviando-lhe as dores que porventura sentir, dotando-o de paz e tranquilidade consciencial. Eis uma caridade que podereis fazer todos os dias. E o maior beneficiado sereis vós mesmos.
Antes de falardes a alguém, pensai, em primeiro lugar, na tranquilidade, pois assim injetareis, na estrutura sonora, os vossos sentimentos. E quem vos ouve será envolvido pelos fluidos que projetais, acalmando-lhe os nervos, aliviando-lhe as dores que porventura sentir, dotando-o de paz e tranquilidade consciencial. Eis uma caridade que podereis fazer todos os dias. E o maior beneficiado sereis vós mesmos.
Ao conversardes
com um enfermo, não deixeis que ele influencie vossa mente com pensamentos negativos. Arregimentai as vossas forças,
pensai na saúde, despertai a alegria no íntimo, vivei um pouco no amor e
falai a ele, ou a eles, com toda a convicção de que estais, realmente,
transmitindo saúde, alegria e esperança a todo o seu organismo físico e
espiritual. Assim, sereis ajudado por inteligências invisíveis, porque
elas encontrarão abertas as portas do vosso coração, por serdes úteis aos
semelhantes. Eis aí os princípios da ciência de curar, com o bom uso da
palavra e com a vigorosa força da mente.
*Grifos nossos.
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Maia, João Nunes, pelo Espírito Miramez, Horizontes da Mente, Editora Fonte Viva, 14ª Edição, 2001
Ótima escolha. Grande ensinamento! Bj meu querido amigo! Bom final de semana!
ResponderExcluirÓtima escolha! Grande ensinamento. Bjs e bom findi!
ResponderExcluirFaz um tempinho que vc não posta nada, parou? bjs
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